Comunidade Livre de Pasárgada
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BandeiraIcaria

Apresentação[]

Aqueles que querem conhecer Icária deparam-se com sua exuberância selvagem, que começa junto com suas fronteiras. Os nobres de coração facilmente encontram a cidade, enquanto os desejosos da riqueza local, os corruptos e maliciosos perdem-se na floresta e jamais retornam. A Mãe-Natureza parece corrigir seus próprios defeitos, assim como Urano o fazia...

Mas muitos chegam à nossa Cidadela. E os que chegam reparam que os muros são pouco ostentosos, tanto que as trepadeiras já lhes trespassam. Guardam os portões da cidade, sempre abertos, bardos e trovadores, a contemplar a natureza da vista privilegiada das torres de vigília.

Aqueles que quiserem atravessar a cidade deparar-se-ão do outro lado com um precipício. Cachoeiras, facilmente acessíveis, umas dentro, outras fora da cidade, avançam, com suas águas sempre espumantes, rumo ao rio que corre no distante fundo deste precipício.

Do outro lado do precipício há um deserto. Poucos foram os que ousaram atravessá-lo naquela direção, e os poucos que foram, icarianos dos mais corajosos, jamais voltaram. Músicas são compostas em homenagem ao que se foram: todos os observam partir e seguem-lhe com os olhos até que eles se percam naquele horizonte desértico, ou até que os últimos raios de sol, que se põe além daquele deserto, desistam de acompanhar o aventureiro.

Os anciões de nosso cantão, quando o destino os chama, rumam na mesma direção. As suas benesses ao cantão feitos no decorrer de suas vidas são eternizados em livros, seja fatidicamente, seja em prosa e verso. Os que vão jamais são esquecidos.

Uma fonte de águas termais faz parte da praça principal, tornando-se banho público. Os banhistas matutinos refrescam-se ao som da harpa, enquanto que os noturnos ouvem os variados ritmos que prosseguem, com notável harmonia, nos palcos dos bares. Quando nossos nobres cidadãos não conversam por ali, fazem-no nas banquetas da praça, ou nos bares que a circundam, nas mesas que invadem a calçada.

No nosso cantão, tudo acaba em arte e filosofia, preferencialmente em uma mesa de bar com os demais concidadãos. Nossos cientistas nunca deixaram de ser o que deveriam: filósofos naturais. Somos amantes da verdadeira sabedoria: a de viver.

Link: http://www.micromundo.org/icaria/

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